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Leiria, Investimento

Portugal é o melhor país para comprar segunda habitação

Estrangeiros procuram qualidade de vida e segurança em Portugal, refugiando-se da instabilidade política e económica dos seus países.
19 nov 2022 min de leitura

Comprar uma segunda casa é a opção de muitos estrangeiros, seja para viver, para passar férias, ou até mesmo para fazer negócio com o arrendamento ou Alojamento Local. E na hora de escolher um destino para fazer este tipo de investimento, a qualidade de vida, segurança paz que um país oferece são fatores que pesam, além da relação qualidade-preço das casas e do custo de vida.

É por tudo isto que Portugal é considerado o melhor país para comprar a segunda habitação, entre 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E os agentes do mercado confirmam que estão a chegar cada vez mais estrangeiros ao nosso país para comprar uma segunda casa. São famílias que chegam, sobretudo, de territórios onde a instabilidade política, económica e socialestá instalada, como é o caso dos EUA, do Brasil, do Reino Unido. Ou também de países que fazem fronteira com a Rússia ou a Ucrânia, onde se vive hoje um conflito armado. 

Passando a pente fino o custo de vidaatividades de lazer e o aumento do valor das casas para comprar e para arrendar de 34 países da OCDE, a ‘Compare the Market Australia’ concluiu que Portugal é o melhor país para comprar uma segunda casa em 2022. Contactados pelo idealista/news, vários especialistas em imobiliário analisam estes resultados e explicam o que faz afinal com que Portugal esteja na mira das famílias estrangeiras para comprar uma segunda habitação e se posicione melhor face a outros destinos.

“A compra de segunda residência em Portugal é, hoje, uma grande tendência para clientes estrangeiros”, afirma Patrícia Barão, Head of Residential na JLL, em declarações ao idealista/news. E por detrás desta tendência estão vários motivos, que não só se prendem com a qualidade de vida, gastronomia, praias e clima ameno que Portugal oferece. Muitos estrangeiros também procuram viver num ambiente de paz, refugiando-se da instabilidade política, social e económica que se tem instalado em vários países pelo mundo.

É isso mesmo que confirma Rafael Ascenso, CEO da Porta da Frente Christie’s: “O mercado residencial tem tido um dinamismo e crescimento muito fortes nos últimos anos, muito devido ao investimento estrangeiro. Somos um país estável e não violento, onde não há tensões raciais nem qualquer tipo de conflito religioso, político ou extremismo, que são problemas que afetam grande parte dos países que nos têm procurado como os norte-americanos, franceses e suecos”, sublinha.

Esta premissa é reforçada por David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal, explicando que a “crescente instabilidade e insegurança que se regista em países como os EUA ou o Brasil, normalmente decorrente de atos eleitorais ou desrespeito pela liberdade, faz dos norte-americanos e dos brasileiros das nacionalidades mais ativas na compra de casa no mercado português. Para estas pessoas, chegar a Portugal significa começar uma nova vida num clima de paz, segurança e liberdade”, acredita.

Que outros fatores tornam Portugal o melhor país para comprar a segunda casa?

Olhando para 34 países da OCDE - organização que possui um total de 38 Estados -, a ‘Compare the Market Australia’ concluiu que Portugal é o melhor país para comprar uma segunda casa, tendo conseguido a classificação de 7,27 pontos num total de 10. Assim, o território nacional ficou à frente de países como a Hungria, Turquia, República Checa e a Estónia, que perfazem o top 5 dos melhores destinos para adquirir uma segunda habitação. Já no fundo da lista ficaram Israel (2.03 pontos), Suíça (2.77) e Noruega (2.77), tendo sido classificados como os piores países para comprar uma segunda casa.

Mas quais são os outros fatores que tornam Portugal um país ideal para comprar a segunda habitação, além da estabilidade política e social? Segundo o mesmo estudo, o nosso país tem uma pontuação “particularmente alta” pela proporção de restaurantes, com 349 por 100.000 habitantes. Além disso, Portugal também pontua bem pelo seu custo médio de vida, sendo de 549,28 dólares por mês por pessoa (cerca de 532 euros/mês, tendo em conta a taxa de câmbio atual), de acordo com odocumento publicado em setembro deste ano. Já no que diz respeito ao preço das casas para comprar, o mesmo estudo refere que os valores em Portugal subiram 67% em dez anos. E as rendas 21%.

Questionados pelo idealista/news sobre os motivos que tornam o nosso país especial para comprar uma habitação, os players do mercado imobiliário apontam os seguintes fatores tornam Portugal um país ideal para viver, além de visitar:

- Segurança: Portugal foi considerado o sexto país mais seguro do mundo pelo Global Peace Index, do Instituto de Economia e Paz. E este é um “fator determinante para quem procura passar férias em Portugal, investir numa segunda habitação ou decidir viver no nosso país”, acredita David Moura-George.
- Qualidade de vida: boa relação qualidade-custo face a outros países europeus e do mundo. “Com a implementação do trabalho remoto, um cidadão com um salário de um país mais rico, como por exemplo os americanos, vive incomparavelmente melhor aqui do que no seu país de origem”, destaca Rafael Ascenso. É por este motivo que Portugal está na mira dos nómadas digitais;
- Casas para comprar com “ótima” relação qualidade-preço, apesar da subida de preços nos últimos anos: “Comparando com as grandes capitais internacionais, Lisboa continua a oferecer uma elevada qualidade de arquitetura e construção a preços por m2 mais baixos do que a vizinha Madrid ou Barcelona”, afirma o CEO da Porta da Frente Christie’s;
- Regimes fiscais para estrangeiros: com o regime de residentes não habituais, vistos para nómadas digitais e o programa vistos gold - ainda que o Governo esteja a estudar o fim das autorizações de residência por investimento;
- Clima “ideal": Portugal possui "uma temperatura quente durante a maior parte do ano”, frisa Constanza Maya, diretora de operações e expansão da Engel & Völkers para Espanha, Portugal e Andorra.
- Qualidade e acessibilidade das praias: “Lisboa, por exemplo, é a única capital europeia que tem praia a 15 minutos de distância do centro cidade”, tal como sublinha David Moura-George.
- Diversidade do património natural, histórico, arquitetónico e cultural;
- Hospitalidade: “Portugal tem uma capacidade de acolhimento conhecida por todo o mundo, onde recebemos de braços abertos”, refere Rafael Ascenso, da Porta da Frente Christie's.
- Oferta gastronómica de qualidade;
- Educação e saúde de qualidade.


Como existem “mais motivações” para adquirir uma segunda casa em Portugal, o mercado residencial português tem, hoje, “mais compradores e mais localizações de compra”, resume Patrícia Barão. Já não somos apenas um destino de férias: somos também um destino de investimento sólido, um destino de trabalho e para grandes empresas multinacionais, um destino de ensino. E isso traz pessoas e famílias, nacionais e internacionais, nas mais diversas fases da vida, para comprar uma segunda casa”, sublinha ainda a Head of Residential da JLL.

Fonte do artigo: Idealista
Notícia completa: Idealista//

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